Estou pensando em tantas coisas que fico até na dúvida se valhe a pena postar. É uma revelação após a outra, em sequências, tantas verdades aqui expostas. Mas acho que quem vem aqui gosta de mim de alguma forma, e se interessa em saber um pouco sobre o que penso, vivo e faço. E mais que tudo, torce por mim. Obrigada a vocês. Mesmo.
Mas as revelações foram outras.
Eu descobri que apesar de tudo eu sempre tive certeza que a minha mãe e meu pai me amavam. E isso é muito gostoso. Não dá para ter certeza de mais nada, mas eu sempre soube que me amam. Não tenho certeza se têm orgulho de mim todos os dias, quando às vezes decepciono, mesmo quando querendo tanto acertar, tantas vezes erro. Mas sei que mesmo sendo humana, imperfeita, cheia de tropeços, eles me amam e eu os amo. Incondicionalmente. E nesse pacote estão meus irmãos tb, todos. E minha avó, meu avô. Meus gatinhos. Amigos que já nem conto nos dedos porque são meus dedos, são pessoas que me emociono quando penso nelas – espero que elas saibam quem são...
Ah, mamãe. Tão boa mãe quando insistia em dizer que não era responsável por não ter me tornado membro de outras famílias. Nem de ter sido exilada delas.
Em alguns casos lidei cara a cara com a rejeição: aos quinze, aos dezenove, aos vinte e cinco e aos vinte e oito. É muito ruim perder algo tão importante quanto sentir-se amado. E depois achar, desconfiar ou mesmo ter certeza que foi uma mentira, uma enganação. Que algo que fazemos – e fazem conosco – destroem essa relação tão gostosa. Mas essas coisas acontecem. Às vezes decepcionamos, outras somos decepcionados. A dúvida do amor que é a verdadeira dor. Que bom que tive algumas fontes sempre confiáveis.
Esse post já tá enorme. Eu queria colocar esse outro pensamento à parte, mas quem leu até aqui, leia mais um outro pensamento:
A perda da inocência é saborosa e dolorosa. Mas a cada ano que se passa, a cada perda da inocência, a sensação que fica é de alívio por ter aprendido aquilo e a desagradável sensação de ter demorado demais.
