sexta-feira, 31 de julho de 2009

SOFRENDO IMÓVEL

"Nesse exato momento estou sofrendo.
Sábado é o casamento da minha amiga Sandra, em Parati. Tocha vai trabalhar. Não sei como ir. Não sei bem como fazer. Não queria chegar assim, perdida, meio assim do nada. Mas quero ir. Sabe quando você quer muito ir, mas está sem a iniciativa necessária? Fico lembrando de casamentos de pessoas queridas que perdi, de aniversários, de tudo. Para mim é tão importante estar presente nesses momentos. Eu gosto, valorizo. Mas estou aqui, parada, congelada. Tinha um dia de folga para tirar essa semana, mas a situação não permitiu..."

Esse é o post que comecei a escrever ontem a noite e acabei indo dormir antes de postar.
Antes do dormir pensei em ligar para a Sandra e perguntar das caronas. Desisti, pensei que ela estaria ocupada demais. Dormi e o dia se passou, fiz pouca coisa para mudar essa situação. Até que às 20h30, a noiva, me manda um sms perguntando se tinha conseguido a carona. Não tinha, tive pena de mim mesma, fiquei imobilizada. Imbecil. Postergando, me ferindo. Eu queria mesmo ir. Era isso que eu queria. Tenho certeza que a festa será linda, que me divertiria horrores.

Liguei para umas pessoas, tentei pegar carona e nada. Me movimentei, fui atrás de uma passagem de ônibus. Todos já tinham saído, só amanhã, às oito da manhã. Fomos até o Tietê e nada. Só me resta ir de carro, 5h de viagem. Mas os pneus estão carecas. E agora, admito, não vou mais. Com um peso no coração. Triste de ter feito isso comigo.

E ficaram duas coisas que aprendi.
1. Não adianta esperar para que as coisas que tanto queremos aconteçam. É preciso fazê-las acontecer. Dar atenção a elas e fazê-las acontecer. Ninguém vai fazer isso por você.
2. Adiar e ignorar o que sentimos, enrolando, só torna a dor maior e no final, você sai perdendo ainda mais.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

LA TARTINE

Fizemos uma homenagem à Lu ontem. Pati, Nanci e eu fomos ao La Tartine, o bistrô da Lu. E por que lá é tão gostoso? Porque tem um preço honesto. Porque revende vinhos sem cobrar um absurdo. Porque as músicas francesas são um charme. Mas principalmente, porque é um lugar de amigos, de vinho, de honestidade.
Fomos ontem ao La Tartine e nossa conversa de horas foi uma delícia, de lavar a alma, de acalmar o coração, de entender um pouco mais como somos.
Foi delicioso.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O MUNDO ADULTO

Estou com 28 anos. Sou uma adulta agora? É difícil ser adulto.

É difícil ter que tomar decisões o tempo todo sem tantos conselhos e zêlo vindos de fora. Não nego, nem deixo de agradecer aos meus pais, eles me ajudam muito, não é sobre esse tipo de conselho que estou falando. É sobre o mundo adulto, a vida é minha, é o meu espaço que estou cavando.

No fim, sou eu e o mundo. É difícil não saber o que fazer, não saber o que mudar, por onde começar, mas ter certeza que as coisas não estão certas. Pensando bem, acho que nunca decidi nada na minha carreira. Segui pela maré, em coisas parecidas, me desiludi com algumas coisas, talvez com todas. Não gosto de publicidade. Gosto de revistas, é verdade. Mas não gosto do consumo por si só. Quero fazer algo pelo mundo, por mim, sentir que meu trabalho faz um mundo melhor, mas por onde começar?

Fazer as coisas mais bonitas é o suficiente num mundo onde estamos destruindo tudo? Eu sinto que deveria fazer coisas recicláveis, inteligentes, sustentáveis, mas ao mesmo tempo me sinto incapaz de começar isso do zero. Sinto a necessidade de uma parceria, de um professor, sócio ou colega. Um coletivo? Mas se o problema é a companhia, se eu começasse, certamente encontraria companhia. Me sinto perdida profissionalmente. Completamente perdida.

Talvez essa história da Abril tenha miado assim porque não é isso que quero. Tentei voltar para o conforto do conhecido, mas a vida me deu um golpe para me lembrar que não é tão fofo e quente assim. Sinto-me cansada, sem cabeça para o plano b – sendo que ele é o verdadeiro plano a. Por que não consigo simplesmente começar o que acredito? Igual começar uma dieta ou uma academia? Protelando? Reajo, me movimento, mas será o suficiente?

Será que a vida me deu esse golpe para me avisar que não adianta encostar e pensar em férias, aposentadoria?

É preciso mesmo tornar o trabalho uma coisa essencial, prazerosa, com significado. E ainda – ah, não podemos esquecer da pitada de sal do mundo adulto – e lucrativa. Pagar as contas para as empresas e para o país que colabora com essa vida selvagem e destrutiva? Cadê o tempo vago? A conversa com os amigos? O ócio criativo?

Preciso começar tudo denovo. Acho que sonhei com o Rafael outro dia por um simples motivo – mudar de rumo profissionalmente não é fácil. Mas é inevitável.

domingo, 19 de julho de 2009

QUE BLOG MAIS FEIO

Credo, sem nenhum desenhinho para alegrar? Cruzes...
Preciso escanear uns desenhos que tenho feito.

A LIDERANÇA

Fomos trabalhar neste sábado. Mas este post não é diretamente sobre isso, talvez o próximo.

Estávamos lá conversando sobre a idade em que fomos "chefes" a primeira vez.
Eu fui chefe aos 25 – e espero voltar a ser logo. É que me preocupo com assuntos globais do trabalho e não somente o design. Não é o job, é a maneira como as coisas são feitas. É a organização. É o planejamento. As ideias. O trabalho e o modo como deve ser feito.

O meu perfil sendo chefe é um pouco menos autoritário, bem mais participativo, algo meio "vamos juntos". O importante é querer participar, sabe? Tem um lado meio psicológico, tem um lado equipe, algo mais envolvente. E principalmente, o ambiente leve. A gente passa tanto tempo trabalhando, é essencial que seja um prazer.

Me lembro com muito carinho até hoje, do prêmio que ganhei no Pitágoras (meu colégio), na primeira série – acho. De melhor aluna daquela série nas Olimpíadas. Por ter incentivado meu time, por acreditar, por apoiar, participar, fazer acontecer. Não ganhamos, é verdade. Talvez tenha um quê de prêmio de consolação, não sei.

Sei que em mais de 300 crianças eu fui escolhida. Por fazer nas Olimpíadas do colégio o que acredito até hoje ser o melhor jeito de chefiar, a melhor liderança, aquela com motivação, participação e reconhecimento.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

VERDADEIRO INCENTIVO À CULTURA



Mais uma engenhoca que gostaria de ter em casa, precisamente na minha cabeceira. É a luminária que apaga a luz quando você coloca o livro sobre ela. Ainda deixa a página do livro marcadinha para vc ler na noite seguinte. Design dos franceses (com nome de imigrantes!) e Jun Yasumoto, Alban Le Henry, Olivier Pigasse and Vincent Vandenbrouck.

Obrigada mãe, pelo link. E mais no link.

CELEBRAÇÃO


Com um texto impecável, humor britânico, a peça Celebração (de Harold Pinter) venceu o prêmio Cultura Inglesa. Estará em cartaz por dois meses, das quintas-feiras aos domingos, no teatro Cultura Inglesa, na rua Deputado Lacerda Franco, 333, Pinheiros, SP.
A atuação de Juliana Vedovato está incrível e vale umas boas risadas. Venha conferir.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

INVERNO

Aqui está um frio de rachar. Cinza, frio, gelado. E eu? Tenho estado para dentro, absorvendo a sensação horrível de ser enganada, passada para trás, de ter comprado o feijão mágico com todas as minhas economias – mas o feijão não cresceu, morreu ainda broto.

Preciso reagir, tenho algumas ideias de como sair disso, mas me dei uma semana de luto. Pela inocência assassinada. Pela confiança brutalmente degolada a sangue frio.

O recolhimento para o retorno triunfal. O frio para que venha a primavera. Amanhã é meu último dia de luto. Na sexta retorno à luta.

FIGHT THE POWER


Tá desanimado? As coisas não tem dado tão certo assim? Muito esforço para alguns segundos de glória? Liga não, concentre-se, e fight the power. O reconhecimento está por vir.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

ACREDITAMOS NO OÁSIS


Peguei o post do IdeiaForte sem nem mesmo alterar uma vírgula, eu sei. Mas o Naka permite, porque o que vale é transmitir a ideia e ter suas palavras creditadas.

"CONEXÃO é a palavra de ordem. Colaboração, participação, interatividade estão mudando o mundo. Se você ainda acha que não, deveria dar uma olhada na maxi-tendência para moda, consumo e comunicação nos próximos 2 anos, apontada pelo WGSN, em seu lounge na última SPFW.

O projeto Oásis, iniciativa do Instituto Elos para tecnologia social de mobilização cidadã, foi apontado pelo WGSN como principal exemplo de CONEXÃO.

Através de um jogo cooperativo, o Oásis articula a sociedade civil para busca de soluções criativas e inovadoras para a reconstrução dos sonhos das comunidades atingidas pelas enchentes no Vale do Itajaí, em Santa Catarina.

O Oásis utiliza um ambiente de comunidade virtual para mobilizar e articular seus colaboradores, numa rede com mais de 800 estudantes e outros 400 profissionais participantes, espalhados por 5 estados brasileiros.

Do dia 22 a 31 de julho ocorrerão em 10 cidades atingidas pelas cheias atividades de integração entre a comunidade, sociedade civil e colaboradores, culminando com a construção em mutirão de equipamentos urbanos de modo sustentável, com apoio das prefeituras locais, suporte de infra estrtutura e financeiro do setor privado local, inteligência e rede articulada de universitários e colaboradores.

Nós também estaremos lá, registrando o belo trabalho e nos conectando com o Oásis."

sexta-feira, 10 de julho de 2009

AHHHHHH!!!!


E SE...

Toda essa mudança de rumo for um aviso?
E se não for?
Não há tempo a perder. Mas nada sei.

FECHA A JANELA...

Abre uma porta.
Tomara.

SUSTOS

Ontem recebi uma notícia chocante. Praticamente um tapa na cara.
Levei um dia inteiro para digerir e ainda assim, acho que tem um pedacinho que ainda não desceu. Não sei exatamente porque, mas mesmo com tudo estranhamente saindo fora do planejado, ainda me sinto feliz.
Já vislumbrei novas possibilidades. Imaginei novos papeis. Novas funções e responsabilidades. Mas apesar de tanta esperança sobressaindo, na realidade a única coisa que recebi até agora foi um susto, mais uma balançada...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

NUDE


Eu lembro quando era apenas uma pré-adolescente. Eu adorava usar sapatinhos sem meia – simplesmente por preguiça de usar meias. E ganhei um sapatinho marrom, fofo. Mas depois do verão, putz, parecia que eu estava descalça. E isso, naquele tempo, não era bom.

O nude não estava na moda. Eu escutei e pensei inúmeras vezes: "nada de bege, parece que você está pelada". E pensando bem, eu sempre achei o bege e tons claros uma coisa Lady Di, elegante. É visível que fica bem nas branquinhas, nas bem morenas. Sei o valor do contraste. Mas elegante como o bege, era a calça cigarrete. Nada a ver com ficar pelada.

E já que estou com o pensamento dando voltas, confesso... com o tempo até comecei a achar que o corpo jovem pelado, em si, uma coisa digna de ser mostrada. É aquela beleza momentânea. É o tanto que nos olhamos anos depois nas fotografias e encontramos um brilho, uma inocência, o viço. E não se pode ser viçosa para sempre. Por isso o corpo jovem deve ser mostrado, nada a ver com a vulgaridade. Até para mostrar o corpo há a elegância.

Mas voltando ao assunto. Se eu fosse usar tons nude agora, usaria o look inteiro. Porque não iria querer esconder pedaços do meu corpo. Eu quero é nudez total. Enquanto dá.

CAFÉ HAVANA

Agora que tem Havana em vários lugares de São Paulo, o principal presentinho de quem vinha da argentina miou. Alfajores Havana. Compre aqui mesmo e economize espaço na bagagem.

sábado, 4 de julho de 2009

IMAX UNIBANCO NO SHOPPING BOURBON

Sim, eu sei que parece mentira.
Tocha e eu estávamos num shopping em pleno sábado! Parece mentira e pesadelo, mas foi curioso o passeio. Fomos para ver um filme no cinema Imax 3D.

Já cheguei apertada para ir ao banheiro, quando fui secar as mãos, a luz apagou. A energia caiu em todo o shopping. As pessoas ficavam vagando de um lado para o outro. Uma loucura. Algumas lojas fecharam. Outras ficaram na penumbra. A fila do cinema ficou imensa.

Eu queria ir até a Zara, comprar um casaquinho. Estou precisando muito de um casaquinho, o frio aqui em São Paulo está constante... inferno. Mas fui barrada! Não podia entrar enquanto a luz não voltasse. A Hering estava aberta, pronto. 10 minutos, casaquinho e duas camisetas compradas. E nada de Zara, nem uma espiadela.

Como o filme atrasou, fomos passar o tempo tomando um café. Mas não foi um café qualquer, foi um café com doce de leite, no café Havana. Doce de leite argentino não tem igual. Nossa...

Depois, filme. Estação Espacial. Sem história, mas incrível. Cenas impressionantes, vc realmente sente que está dentro da tela. Fiquei desejando um filme inteiro assim, com história, cenas lindas e tudo mais. Incrível.

LAN HOUSE VERSUS FUTEBOL

Vi um documentário na tv cultura, o Periferia.com, que aborda a expansão das Lan House nas periferias das cidades. Fala dos jovens, as crianças e as mães que preferem que os filhos fiquem numa lanhouse ao invés de ficar nas ruas.
Pergunta, será que vai ter menos jogador de futebol nessa geração?

ps. o documentário é bem mais ou menos, mas o argumento é ótimo.