"Nesse exato momento estou sofrendo.
Sábado é o casamento da minha amiga Sandra, em Parati. Tocha vai trabalhar. Não sei como ir. Não sei bem como fazer. Não queria chegar assim, perdida, meio assim do nada. Mas quero ir. Sabe quando você quer muito ir, mas está sem a iniciativa necessária? Fico lembrando de casamentos de pessoas queridas que perdi, de aniversários, de tudo. Para mim é tão importante estar presente nesses momentos. Eu gosto, valorizo. Mas estou aqui, parada, congelada. Tinha um dia de folga para tirar essa semana, mas a situação não permitiu..."
Esse é o post que comecei a escrever ontem a noite e acabei indo dormir antes de postar.
Antes do dormir pensei em ligar para a Sandra e perguntar das caronas. Desisti, pensei que ela estaria ocupada demais. Dormi e o dia se passou, fiz pouca coisa para mudar essa situação. Até que às 20h30, a noiva, me manda um sms perguntando se tinha conseguido a carona. Não tinha, tive pena de mim mesma, fiquei imobilizada. Imbecil. Postergando, me ferindo. Eu queria mesmo ir. Era isso que eu queria. Tenho certeza que a festa será linda, que me divertiria horrores.
Liguei para umas pessoas, tentei pegar carona e nada. Me movimentei, fui atrás de uma passagem de ônibus. Todos já tinham saído, só amanhã, às oito da manhã. Fomos até o Tietê e nada. Só me resta ir de carro, 5h de viagem. Mas os pneus estão carecas. E agora, admito, não vou mais. Com um peso no coração. Triste de ter feito isso comigo.
E ficaram duas coisas que aprendi.
1. Não adianta esperar para que as coisas que tanto queremos aconteçam. É preciso fazê-las acontecer. Dar atenção a elas e fazê-las acontecer. Ninguém vai fazer isso por você.
2. Adiar e ignorar o que sentimos, enrolando, só torna a dor maior e no final, você sai perdendo ainda mais.
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