terça-feira, 7 de abril de 2015

A MAIOR DE TODAS AS ANGÚSTIAS

Meu pequeno ficou doentinho o feriado inteiro. O pediatra pediu que observássemos. A febre nada de baixar. Raio-x do pulmão e lá estava a nojenta da pneumonia que teve a audácia de aparecer no meu bebê.

Meu pequeno agora diz que está dodói, que dói a cabecinha, o corpinho todo. E meu coração aperta como nunca imaginei. Minha vontade é pegá-lo no colo, com um daqueles panos-cangurus e passar o dia com ele apertadinho contra o meu corpo.

Ontem fiquei em casa com ele, acompanhamos os exames e diagnóstico. E hoje vim trabalhar. Vontade de chorar. Quero estar ao seu lado, Alexandre. Quero poder te encher de beijos, te dar tudo o que você quer, cafuné e carinho. Tudo por você. Mas não, estou aqui, nessa redação trabalhando.

E vocês realmente acham que isso é livre-arbítrio?

Um comentário:

Unknown disse...

Claro que é um livre arbítrio. O seu desejo era estar com o Alexandre, literalmente.
Mas, me parece, que existe o princípio de realidade que diz: para cuidar do Alexandre e de mm própria, eu preciso trabalhar e agir dentro das regras do lugar onde trabalho.
E você permaneceu, por libre arbítrio, no seu trabalho. Apesar do seu desejo imenso e compreensível de voltar para casa, do seu sentimento materno pulsando.
Para nós, mães, essa é uma dor intensa, imensa, avassaladora.
São escolhas que fazemos. Que tipo de vida, onde e como quero viver e morar. Para cada contexto e escolha existem regras, leis.
Eu não irei colher maças se eu semeio peras. Qual é o melhor. Não existe melhor, existem escolhas com perdas e ganhos.

Concordo com você. A maior de todas as angústias, para uma mãe, de um bebê, é precisar trabalhar quando o seu filho precisa de você,
Dói como uma facada no coração.