sábado, 20 de março de 2010

INGLORIOUS BASTERDS

Antes de tudo, quem não viu, não leia.
Quero me manifestar sem restrição.

Bastardos Inglórios, de Quentin Tarantino, é um filme bem interessante. Não tem nenhuma rebeldia na montagem, que é linear. É dividido em capítulos, como todos, mas não é necessário que o fosse. É apenas um traço do diretor.

O que me encantou no filme foi a ironia. A indústria cinematográfica americana é essencialmente judia. Os donos dos estúdios são judeus. E talvez por isso o cinema americano vem sempre abordando com ênfase o genocídio judeu durante a segunda guerra. Outros genocídios nunca ganharam a atenção hollywoodiana.

Outro fator que certamente ajuda a proliferação de filmes sobre esse período tenebroso atravessado pela humanidade é dos Estados Unidos ser o pais de maior cultura judaica do mundo. E ainda participou e "venceu" a guerra.

Bom, levando em consideração todo esse berço judeu, não é de se admirar que Hitler foi morto no cinema de Inglorius Basterds. Dentro da sala de cinema. Um desejo secreto (ou nem tanto) dos judeus americanos. E através do filme eles experimentaram a vingança.

O filme é uma comédia. Uma tiração de sarro sobre o período, sobre os nazistas. É uma sátira, uma ironia, uma crítica, uma vingança fria. Para alguns talvez fosse um trauma a ser tratado no divã do analista. Para Tarantino, nada mais correto que o lugar onde ele se sente mais à vontade: dentro da sala do cinema.

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