quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O ASSASSINATO DO TOMILHO

Joana estava eufórica com suas plantinhas.
Conseguira adquirir ervinhas para temperar e perfumar suas aventuras culinárias. Dedicava a elas o pouco tempo que lhe restava entre tarefas domésticas, profissionis e de namorada. Escolhera um lugarzinho perfeito. A janela da cozinha. Ali ela podia tomar sol e crescer de vento em popa.
Joaninha se deleitava com o momento da rega. E começou a aguar a sálvia. As plantinhas parecem agradecer cada gotinha d'água. Em seguida o manjericão roxo, a salsinha, o alecrim... e sentiu uma coceirinha no braço.
"Fica quietinho tomilho que já venho". Mas a ervinha não parava de se mexer. Mas peraí, planta não mexe! E quanto a garota olhou com atenção, ali, sobre as folhinhas delicadas e titubeantes estava uma... barata. Desperada de nojo, ela não pensou duas vezes, catou o vidro de inseticida e descarregou sobre aquele bicho nojento, antenudo e casquento.
Matou aquela nojenta!
E o pobre tomilho que ali embaixo estava agonizou. Não caiu da janela, não secou, não mais perfumou, apenas morreu.

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