A tradução do nome do filme é no mínimo intrigante.
O nome original é Cœurs, em francês corações. Na superfície menos instigante, mas por dentro é nossa essência. Somos guiados pelos nossos corações. Nossa eterna busca. Nosso real encontro.
O ambiente é gelado, assim como os medos dos ansiosos personagens. Loucos pelo amor, pelo romance, por companhia mas incapazes de conhecer, entregar-se, sair do viciante ciclo dos solteiros. Nesses dias frios e chuvosos paulistanos eu diria que a história poderia se passar aqui, no apartamento do vizinho, do colega de trabalho, do cara do elevador. Não diria que poderia acontecer com um amigo, pois nesse filme a amizade quase inexiste. Quase.
A solidão parece o maior medo humano. Tanto nos lugares públicos como nos privados.
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