sexta-feira, 31 de agosto de 2007
TV COM COMIDA AS VEZES
Eu gosto de escrever o que penso aqui no blog, mas com poucas palavras. Mas às vezes isso gera interpretações duvidosas. É que eu fui meio radical no NÃO à comida em frente à tv.
Resolvi então pensar em alternativas para amenizar um pouco a diferença de hábitos. Vou seguir o conselho da Cris (lá tem a receita do enroladinho) que sugere fazer uma refeição diante da tv com quitutes gostosos, uma vez por semana. Eu já faço isso no final de semana, um cachorro-quente especial para acompanhar o filme, o seriado ou o que for. Mas agora vou tornar oficial. É que eu descobri que eu gosto mesmo é de criar momentos especiais na vida comum, na rotina mesmo. Adoro. E agora, mão na massa.
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
QUÉ BRIGÁ JAQUELINE?
O valor das empresas não está mais na tecnologia. Pois ela não é de uma empresa. A humanidade conversa. Troca informações o tempo todo. E por isso, não adianta bloquear o iphone. Não adianta dizer que não podemos compartilhar. Não adianta. Tudo o que foi feito pode ser desfeito, certo? É como mostrar a picanha suculenta, deixar no prato do cachorro e dizer ao totó que não pode comer.
O desafio lançado dura meses, semanas, dias ou horas para ser quebrado. Lembra daquele post do msx? Para a geração que vai mandar saber mandar? Pois bem crianças, é essa a realidade.
como desbloquear o iphone
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
TV COM COMIDA NÃO
Existem algumas coisas na vida de que não abrimos mão de jeito nenhum. É uma característica que insistimos porque o prazer que nos dá é enorme. A verdadeira qualidade de vida.
Só que a minha qualidade de vida pode ser bem diferente da sua. E o que para mim é indiscutível, inegociável, simplesmente radical é comer vendo televisão não dá. Sim, eu tenho um traço radical. Ainda que evite o radicalismo a todo modo e acredite que é ele o responsável pela burrice.
Eu não abro mão de almoçar e jantar com a tv desligada! Não há nada mais insuportável que refeições com a tv disputando a atenção com a comida e com as pessoas. A comida desce sem sabor, sem atenção, cai no estômago sem prazer. O rival da tv precisa fazer algo indecente para chamar a atenção? Ou uma embaixadinha? Não tenho nada contra a ela em si, que fique claro. Pelo contrário, gosto. E acho sim que aquele barulhinho pode fazer companhia. Mas para quê uma companhia egocêntrica entre pessoas queridas? Amigos, família, quem for...
Não há nada mais intragável, nada mais indigesto que fazer as refeições assistindo à tv.
Só que a minha qualidade de vida pode ser bem diferente da sua. E o que para mim é indiscutível, inegociável, simplesmente radical é comer vendo televisão não dá. Sim, eu tenho um traço radical. Ainda que evite o radicalismo a todo modo e acredite que é ele o responsável pela burrice.
Eu não abro mão de almoçar e jantar com a tv desligada! Não há nada mais insuportável que refeições com a tv disputando a atenção com a comida e com as pessoas. A comida desce sem sabor, sem atenção, cai no estômago sem prazer. O rival da tv precisa fazer algo indecente para chamar a atenção? Ou uma embaixadinha? Não tenho nada contra a ela em si, que fique claro. Pelo contrário, gosto. E acho sim que aquele barulhinho pode fazer companhia. Mas para quê uma companhia egocêntrica entre pessoas queridas? Amigos, família, quem for...
Não há nada mais intragável, nada mais indigesto que fazer as refeições assistindo à tv.
terça-feira, 28 de agosto de 2007
NO TOM DO JOBIM
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
DIVERSIDADE DIVERTIDA
Fomos ao bondinho do Pão de Açúcar (sugar loaf, rsss) realizar um sonho de infância do meu namorado. Nenhum dos amigos se opôs, afinal, participar da realização de um sonho é algo prazeiroso por si só. Indepente da dificuldade de realizá-lo.
Eu não ia até lá desde pequena. Fui com a Renata, uma amiga que não vejo há mil anos (a última na tv, rsss). Bom, nem sei em que ano foi isso, mas fazem mais de dez anos.
Bom, de volta ao presente, lá estávamos, amiguinhos reunidos munidos de máquina na mão. Um belo dia de sol. Diversão garantida.
Parecia que estávamos em outro país, tamanha quantidade de turistas gringos. Falavam em italiano, espanhol, francês, inglês, e aquelas línguas que sei lá de onde vem.
O sol se pôs, bateram palmas. E foram se acendendo, uma a uma, as luzes da cidade maravilhosa. O cenário fantástico. Sentamos e ficamos ali, olhando longe.
Eu não ia até lá desde pequena. Fui com a Renata, uma amiga que não vejo há mil anos (a última na tv, rsss). Bom, nem sei em que ano foi isso, mas fazem mais de dez anos.
Bom, de volta ao presente, lá estávamos, amiguinhos reunidos munidos de máquina na mão. Um belo dia de sol. Diversão garantida.
Parecia que estávamos em outro país, tamanha quantidade de turistas gringos. Falavam em italiano, espanhol, francês, inglês, e aquelas línguas que sei lá de onde vem.
O sol se pôs, bateram palmas. E foram se acendendo, uma a uma, as luzes da cidade maravilhosa. O cenário fantástico. Sentamos e ficamos ali, olhando longe.
domingo, 26 de agosto de 2007
FELIZ NA MERDA
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
SEMANA QUE VEM É NOVEMBRO
Quando estava no primeiro colégio, o Lousada, professor de português entrou na sala e começou sua tradicional e famosa apresentação. Todos sabíamos que ele era um tanto louco e gostava de chocar os alunos.
Começou com a frase "Semana que vem é novembro".
Nos entreolhamos. Não, semana que vem era fevereiro ainda. Início de ano. Ele repetiu e ficou esperando a nossa reação. Quando o burburinho começou o professor já emendou a explicação que o tempo voa, que o ano começa, vem o carnaval, a semana santa, as férias de junho, e quando a gente pisca o ano está acabando e semana que vem é novembro.
Depois, queria cumprimentar todos os alunos. Abraçar de verdade. "Genitália na genitália", nada de abraços com aquele buraco de ar no meio.
São peças raras que a gente guarda na memória. São pessoas inteiras que fazem a vida cheia de memórias gostosas de acessar.
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
A PARTILHA
HISTÓRIAS REAIS
Numa casa tradicional, sábado a tarde, o telefone toca. A esposa atende e passa para o marido, um senhor de 73 anos, juiz aposentado, alemão. Ele treme todo e desliga o telefone.
A senhora intrigada já quer interrogá-lo, mas o telefone chama novamente. Do outro lado a mesma voz. Sem exitar, a esposa de ferro vai para o quarto. Brava? Desconfiada? Claro. Pega a extensão e escuta o que temia e ainda com uma cobertura extra. Seu querido marido, que não a procura há alguns anos, tem uma amante, e ainda uma dívida de R$300 mil reais com um agiota!
A outra o chantageou, disse que iria revelar à família o caso a não ser que lhe desse dinheiro. Em pânico, desesperado para não deixar a máscara cair, ele cede. Pede o empréstimo. A amante quer mais dinheiro. Foi fácil. E ele? Bem, trocou o respeito da família e também as economias pela última bimbada. É que agora que não sobe é mais caro, né?
LA TARTINE DA LU
Papai estava na cidade e quis me levar para conhecer um bistrô do amigo dele.
Perguntei onde era e ele me mostrou o cartão contente. Era o La Tartine! Você conhece? Eu logo perguntei quem é que não conhece o La Tartine. É por isso que todos os dias está cheio. Sempre. E sempre com um bom astral. Foi lá que desenhei minha tatuagem no guardanapo num acesso de criatividade. Era lá onde minha querida amiga ia quase todos os dias... Impossível não me lembrar da Lu.
terça-feira, 21 de agosto de 2007
PRIMEIRO CARRO
Uma amiga comprou o primeiro carro. E logo se assustou com a quantidade de gastos, é óleo, gasolina, seguro, estacionamento, revisão... mas quando a gente pega o pequeno e começa a passear, busca os amigos, vai nas festinhas, viaja!!!, ai que delícia!!! A independência é viciante. Depois que se conquista não dá para largá-la mais.
Eu ganhei meu primeiro carro em 2002. Nem imaginava que deixaria de pegar o 1170 todo dia para ir para a faculdade e um outro lá para ir para o estágio. Horas esperando os busões que nunca vinham.
Papai se sensibilizou. Tinha um dinheiro investido e assim que pôde tirar me ligou e disse: transferi um dinheiro para a sua conta, compre seu carro. Mas tem que ser zero.
Eu fiquei em pânico. Como vou pagar o ipva e o seguro?. Ele disse que me ajudaria até eu começar a trabalhar. Ufa! Então eu quero. Êêêêêêê
Fiquei excitadíssima e superinsegura. "Qual vou comprar?" Ai meu Deus! Tive que completar com a minha suada polpança, pensar nos futuros seguros e ipvas. E comprei. Meu celtinha, prata, direção hidraúlica e ar condicionado. Nem acreditei.
Viajei tanto com ele. Depois eu conto da primeira viagem, o primeiro arranhão... Meu caro carrinho me incentivou a conhecer novos lugares, a prestar atenção nos caminhos, em dominar melhor meu tempo. Ele ficou comigo em São Paulo duas vezes. Na época da Ogilvy e quando trouxe nele minha mala e cuia. Serra do Cipó, Rio de Janeiro, Cabo Frio, Tiradentes, Congonhas, Ouro Preto, São João Del Rey, São Paulo... o celta era o limite.
Foto no site
ANONIMATO
Um senhor. Se não estivesse naquela situação... Talvez fosse respeitável. Talvez até tenha filhos, netos, uma casa e um cachorro. Talvez ensinasse aos filhos como tratar os mais velhos, que não se joga lixo na rua e até mesmo que devem, sobretudo, manter a calma no trânsito.
Só que naquela hora todas essas coisas perdiam importância. O senhor estava ali, entre centenas de desconhecidos, subindo a escada rolante da rodoviária de São Paulo, no auge da cabeleira branca. E berrava a todos pulmões "Vai tomar no cú". Repetidas vezes. Dez ou quinze vezes seguidas. Forte. Sem explicar nada a ninguém. Virava para trás e urrava. Incomodados, os passantes se entreolhavam, e claro, buscavam o objeto de tanto ódio. Ninguém esboçava uma reação suspeita. A não ser o velho.
Quando chegou ao topo, voltou, e ainda lá de cima berrou uma última vez "vai tomar no cú". E foi embora. Ainda no anonimato.
domingo, 19 de agosto de 2007
NA PELE
A filha ia se casar. E para o desgosto da mãe, com um mulato. Ela não gostava de admitir que tinha algum preconceito, e por isso até apoiou o namoro. O pai não escondia, soltava o verbo. De nada adiantou.
E agora essa notícia. Ai, meu Deus. Casar?
Ela não era a Marieta, não era mulher do Chico, o genro não era um músico famoso e ainda assim, em breve, a sala estaria cheia de negrinhos correndo para todos os lados. "Ô castigo".
MEIO A MEIO
Os pais mineiros moravam em São Paulo desde que ela tinha três anos. Nas férias iam a Belo Horizonte visitar a família. Os parentes debochavam de seu sotaque, e ela fazia um esforço monumental para amenizá-lo. As férias chegavam ao fim e tudo se invertia. Os amigos paulistas a chamavam de mineirinha. Um dia ela chamou a mãe no canto e desabafou:
"Não sou mineira nem paulista. Sou pauleira."
sábado, 18 de agosto de 2007
DIAS DE PAULISTANA
Preciso admitir que gosto de dar bom-dia, de olhar as plantas no caminho, de andar a pé, de saber como as pessoas vão, de ouvir histórias.
Adoro olhar pela janela, como no interior. Ver as pessoas que passam... Ouvir o vizinho conversando com o porteiro. Os passarinhos que cantam perto de casa. Adoro quando há pessoas na rua, na praça, sentadas embaixo da árvore.
Mas tem dias que tenho vontade de apertar o botão Não Páre! do elevador para não precisar falar nada com ninguém. Ah tem!
NEM BOM DIA
Tem uma São Paulo que assusta muita gente. Em pontos de contínua multidão ou passagem, as pessoas não trocam olhares, não conversam, não dizem bom-dia.
O paulistano não te vê, e não se engane, também mal se vê.
É um processo mecânico. Não é lugar para relaxar! Ele está atento à carteira, para nunca dar bandeira.
Uma viagem longa e cotidiana. Todo dia no ônibus, no carro, no metrô, as horas e a vida vão passando entre a casa e o trabalho. Nesse vai-e-vem obrigatório.
Quem vem de fora estranha. Mas só no início, porque o cansaço paulistano vai crescendo dentro de cada um. Cansaço do trânsito, do trabalho, da distância... E não se olha mais para os lados em lugar algum. Aí mora o perigo.
Agora sim, você se tornou um paulistano.
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
HOMENS ROMÂNTICOS: DOIS
Ele se apaixonou perdidamente.
Ela não era nada do que ele queria. Nova e inexperiente. Mas era linda, louca, viva! E por isso ele se entregou. Deixou de lado todos os medos que carregava. E conseguir isso dele já era tanto.
Por mais de um ano o céu não poderia ser melhor que sua própria casa. Ali chegava e encontrava sua pequena, tarada por ele! Ele! Mal saíam de casa, para quê? Todos os cômodos explorados, cada quina, cada sofá, canto e mesa. Qualquer suspiro provocava terremotos.
Mas a pequena ainda tinha sangue adolescente nas veias. Escorregadia. Só quis os céus e quando veio o inferno da rotina, ela simplesmente partiu. E ele, ah!! E ele que queria que ela fosse a avó de seus netos?
Ilustração: Yuko Shimizu, por Idéia Forte
HOMENS ROMÂNTICOS: UM
Ele estava em São Francisco quando soube que tinha aquele show que tanto queria ver em Sacramento, a capital da Califórnia, ali a 40km ao norte da sua cidade. Nem titubeou. Vou, pensou. Alugou um carro e foi. Sacramento era como qualquer outra cidade americana, espalhada.
Esperou pouco pelo show, logo começou. Enquanto isso observava as pessoas. A própria companhia é uma coisa que poucos sabem aproveitar. Ele sabe, e sabia, estava lá sozinho porque queria. Gostava de assistir a banda, ouvir a música, divertir-se sem ter que fazer social, sem compartilhar falsas amizades. Antes só do que mal acompanhado era seu lema.
Quando acabou o show, decidiu cumprimentar os músicos. E lá encontrou a Baterista. Linda, um amor. Conversaram com a cumplicidade de almas que se entendem. Mais do que os próprios poderiam imaginar.
E ela continua nas suas lembranças. Quem sabe no próximo show em São Paulo...
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
SINAIS
Cada um recebe alguns sinais do além ou da terra mesmo. Alguns percebem, outros nem.
Há quase três meses eu sempre escuto o barulho de obras, de martelo, batidas na parede em diferentes lugares, minha casa, salão, casa dos outros, no trabalho, enfim, sem restrições para o "sinal".
E pronto, é hora de ir embora. Só não me mandou embora do cinema, ainda.
O motivo do post é que acabei de ouvir esse barulho denovo. Vou-me.
PARABÉNS IDÉIA FORTE
Eu comecei a fazer Os Olhos de Designer porque participei do nascimento do Idéia Forte. Um blog sem igual. Arte – todo tipo, street, contemporânea, ilustração, etc – design, filmes, música, tecnologia, enfim tudo que me interessa.
Já citei o blog aqui várias vezes, porque o Idéia Forte sempre dá tudo antes. Posts bem escritos, com conteúdo e sempre interessantes. Se eu tivesse que escolher só um blog para ler, certeza que seria ele. Viva o Idéia Forte. Parabéns por completar 1 ano de vida. E que dure muito mais. Valeu galera.
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
DE NOVO?
Quantas vezes, nesse ano, ouvi essa história? Tô igual vitrola arranhada!
Fiquei doentinha denovo. Fiquei carente denovo. Fiquei assim dodói denovo. E sempre escuto a mesma justificativa do médicos. Você está estressada, sua imunidade está baixa. Mas que raios, como faço para deixá-la beeeeem alta? Será que ficar revoltada me deixa mais estressada?
Puxa vida... Parece que a preocupação em ficar boa acaba me deixando pior.
SOU CONTRA A CPMF
E você? É também? Então manifeste-se. Clique aqui e faça parte do abaixo assinado. Uma das nossas novas armas é a internet. Use-a.
NOVO MUNDO
Minha irmã me perguntou
"Quando você nasceu existiam computadores?"
Respondi que não.
Ela logo revidou "Mas então como você vivia?"
Bem, quando se é criança é fácil viver sem computador, porque temos tempo e cabeça fértil para criar um mundo mesmo com as coisas do dia-a-dia. Mas bem antes dos 10 anos eu já tinha computador em casa. Quase ninguém tinha, mas eu e meu irmão juntos compramos um MSX da Gradiente. Nem me lembro em que ano foi...
E depois tive os famosos PCs. Tanto que os trabalhos de colégio eram feitos na minha casa e o computador ficava na sala! Já tinha icq e chats. O "ôóou" já fazia parte da minha vida. Confesso que meu primeiro contato com o macintosh foi na faculdade. Ahhh, como demorou. Se eu tivesse conhecido minha alma-gêmea antes... rss
Então acho que não posso dizer que vivi sem computador. Ainda bem.
terça-feira, 14 de agosto de 2007
300 GOSTOSOS EXIBIDOS
Acabei de instalar um contador do google. Ele vê quantas pessoas entraram no blog, quanto tempo ficaram lendo e se foram em algum post específico.
E além da primeira página, um outro post foi muito visitado.
Adivinha? 300 GOSTOSOS. Eu falo sobre o filme 300. Mas certamente quem entra espera ver 300 fotos de homens gostosos...
E além da primeira página, um outro post foi muito visitado.
Adivinha? 300 GOSTOSOS. Eu falo sobre o filme 300. Mas certamente quem entra espera ver 300 fotos de homens gostosos...
SELVA DE PEDRA
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
PAI
Papai teve que ir às pressas para Belo Horizonte. Meu tio morreu.
Um tio que pouco conheci. Tão pouco... Mas lembro da sua barba farta, da aparência semelhante à do meu pai. Impossível não saber que eram irmãos.
Era turrão. Ficou doente, não foi ao hospital. Quando resolveu se render, estava em estado terminal. O câncer já havia se espalhado e em uma semana ele se foi.
Papai voltou no domingo dos pais, cheio de fotos. Antigas, recentes, tantos parentes. Pessoas que gostaria de conhecer melhor, de ter convivido. Mas que a vida com sua ironia e sabedoria deixou distante.
Acordei saudosa. Com saudade da minha amada família. Meus irmãos, pais, primos, tios, avós. E da minha família escolhida, meus tão queridos amigos. Ah, eu tenho saudade do meu namorado sempre. Mesmo quando está do meu lado. É que meu coração, tantos dias, fica assim, querendo fazer carinho...
Hoje estou saudosa. E aí fico assim.
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
PESSOAS ESTRANHAS
Não sei se posso dizer que toda reação meio sem sentido das mulheres é fruto da tpm. Algumas devem ter alguns parafusos frouxos também, não é? Bem, outro dia:
Elisa desistiu de lanchar com os amigos para espairecer. Não podia comer agora, ia perder muito tempo, pensou. Os meninos seguiram rumo à padaria e ela chamou o elevador novamente. "Preciso trabalhar, tanta coisa para fazer". Chegou, entrou e apertou aflita seu andar. Subiu, subiu e parou. A porta não abriu! "Qual andar estou?". Não era seu andar. Droga! Apertou a emergência e ficou esperando. Continuou esperando. Apertou denovo. O tempo passando. Ouvia vozes do outro lado da porta, mas nada do elevador abrir. Merda, merda, merda!
Meia hora depois, conseguiu sair. Esbravejava. Subiu os últimos cinco andares de escada amaldiçoando a vida. Sentou-se na cadeira e pôs-se a meditar. "Quero esquecer isso. Vai passar. Preciso pensar coisas boas". Respirou algumas vezes e abriu a internet.
Os colegas chegaram felizes, alimentados, rindo alto. O recepcionista não resistiu e comentou confidente: "aquela amiga de vocês ficou presa no elevador, coitada. Meia hora! A gente não estava conseguindo tira-la de lá." Coitada.
Pegaram o elevador um pouco apreensivos, apesar de não admitir. Ele subiu rápido, certeiro. E quando viram Elisa ali sentada, dispararam: "Que coisa essa que te aconteceu!". "O que?" tentou disfarçar. "Ficar presa no elevador". "Quem te contou?" perguntou ríspida e já alterada. Meditar não funcionou.
Tirou o telefone do gancho bufando e ligou para a recepção. Deu uma bronca no recepcionista!?!
ESCUTA SÓ
É impressionante o que um vendedor de celular que canta no chuveiro pode fazer. É uma edição do American Idol inglês.
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
SANEAMENTO BÁSICO
Divertidíssimo o filme de Jorge Furtado, com Fernanda Torres, Wagner Moura, Camila Pitanga e Bruno Garcia. Dá para dar boas gargalhadas, rir das dificuldades de se fazer um filme. Fica bem claro que a prática do cinema não é conhecida pelos brasileiros... quer ver?
Uma das piadas do filme é que ninguém sabia o que é filme de ficção.
E fala a verdade, você sabe?
De coadjuvantes Paulo José e Tonico Pereira mandam superbem de italianos. Falam, gesticulam, "italiani davvero, ti posso dire!"
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
MULHERES DESESPERADAS (DEZ)
O casamento já dura cinco anos.
Ele nunca pensou em ter filhos. E ela, bem, ela já abriu mão de tantos sonhos. Não casou na igreja, só juntou! Não comprou a casa. Não viajou para a europa. Não teve nada que tanto sonhou. Ela que sempre pensou que chegaria aos trinta e três com o homem da sua vida e o pai dos seus filhos.
E toda vez que ela – nessa hora ela não é mulher aos olhos dele, é a esposa – toca no assunto ele se esquiva, perde o bom humor e fica reclamando diante da tv. Tira as meias, exibe o chulé. Usa todas as artimanhas anti-clima. E vence.
Os dias passam. Os dois trabalham. Os finais de semana são tão curtos. E ela cada dia mais ansiosa. As amigas não querem mais sair. Todas amamentando. E ela? Ah, agora não sabe mais o que realmente quer. Ele ou as crianças? Mas eu quero os dois, pensa suspirando. Quero mesmo??
RICHARLYSON
Para as meninas que nem sabem do que se trata esse assunto, vou explicar. O time do São Paulo tem um jogador, o Richarlyson, que é gay. Ele ainda não "assumiu" publicamente e nem precisa assumir nada. Ninguém assume que é homem! Enfim, ele é homossexual e esse fato tem gerado enormes discussões. Completamente ridículas. Afinal, o que tem a ver a atividade sexual do moço com a capacidade de jogar futebol? Até porque já vimos que futebol não é esporte de homem. É de mulher, criança, homossexuais, todos. Com a bola no pé tudo vale. E pronto. Só é proibido, como em todo esporte, tomar hormônios. Senão vai ter um monte de travesti, homens e mulheres bombados...
VOLTAR PARA CASA
terça-feira, 7 de agosto de 2007
domingo, 5 de agosto de 2007
MEDITA
Uma das coisas que faço e me sinto imediatamente de férias é não pensar em nada. Uma meditação que me ausenta dá aquela certa liberdade para não me importar para pequenas exigências, atividades ou responsabilidades a que me submeto constantemente. Nesse momento nada disso.
Relaxa menina! Relaxa, não pense em nada mesmo, não exija nada de ninguém. Nem de você. E pronto, o olhar estrangeiro, aquele estado profundo de relaxamento e paz que tudo é demais volta. E me sinto denovo tão feliz como sempre fui. Amo férias. Mesmo trabalhando.
Fazer tudo ou nada, mas em paz.
sábado, 4 de agosto de 2007
SOLIDÃO QUE NADA
Ao chegar a uma nova cidade, aquela sensação de território desconhecido pode ser logo amenizada. Os sotaques diferentes e a sensação de ser estrangeira pode incomodar alguns. Mas há um modo de se sentir em casa e feliz, em qualquer cidade do nosso país. Lá você será bem tratada, poderá contar seus problemas, escutar histórias e sair de lá mais bonita. Melhor que igreja! É o salão de beleza. É verdade. Gastando R$10 para fazer a mão você tem direito a fofocas, revista, cuidado, conversas e você ainda sai mais bonita. Acho que entendo as moças que vão ao salão toda semana. Viva o "harém" onde as mulheres vão para se cuidar e se sentirem mais lindas e femininas. Nossa cumplicidade nesse mundo masculino é mantida também no salão!
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
ANTES E DEPOIS
Li a entrevista que o George Lucas deu à Rolling Stones na época que o primeiro Guerra nas Estrelas foi lançado. Uma das coisas que ele disse foi que não tinha ficado satisfeito com o R2D2 porque parecia um aspirador. Engraçado, há alguns meses fui comprar um aspirador e escolhi o que parecia com o R2D2, feliz.
EDUCAÇÃO?
Na Folha de hoje, Anna Veronica Mautner escreve "(...) hoje é assim: qualquer comentário é visto como desaprovação pela etiqueta; criticar, desaprovar e apontar diferenças viraram tabu".
Gosto da ironia inglesa, que desaprova, tira sarro, e é até ácida mas emite uma opinião. Parece que ser educado hoje é calar, guardar para si os pensamentos e emoções, coletar alguns lapsos de sinceridade soltos por aí por desavisados e utiliza-los nas maracutaias cerebrais feitas em casa, à sós.
Palhaçada. Etiqueta também é censura.
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
MACHISMO DELIBERADO
Minha mãe está fazendo um curso sobre marketing pessoal. Gosto de saber o que dizem os palestrantes. Perguntei e ouvi injuriada: as mulheres não podem marcar a primeira reunião de negócios com um homem fora da empresa. Vetado almoços, cafés, etc. A justificativa da "etiqueta" é que o homem vai deduzir que a mulher quer sexo ou conquista. É patético ouvir essas coisas.
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