sábado, 18 de agosto de 2007
NEM BOM DIA
Tem uma São Paulo que assusta muita gente. Em pontos de contínua multidão ou passagem, as pessoas não trocam olhares, não conversam, não dizem bom-dia.
O paulistano não te vê, e não se engane, também mal se vê.
É um processo mecânico. Não é lugar para relaxar! Ele está atento à carteira, para nunca dar bandeira.
Uma viagem longa e cotidiana. Todo dia no ônibus, no carro, no metrô, as horas e a vida vão passando entre a casa e o trabalho. Nesse vai-e-vem obrigatório.
Quem vem de fora estranha. Mas só no início, porque o cansaço paulistano vai crescendo dentro de cada um. Cansaço do trânsito, do trabalho, da distância... E não se olha mais para os lados em lugar algum. Aí mora o perigo.
Agora sim, você se tornou um paulistano.
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