sexta-feira, 10 de agosto de 2007

PESSOAS ESTRANHAS


Não sei se posso dizer que toda reação meio sem sentido das mulheres é fruto da tpm. Algumas devem ter alguns parafusos frouxos também, não é? Bem, outro dia:

Elisa desistiu de lanchar com os amigos para espairecer. Não podia comer agora, ia perder muito tempo, pensou. Os meninos seguiram rumo à padaria e ela chamou o elevador novamente. "Preciso trabalhar, tanta coisa para fazer". Chegou, entrou e apertou aflita seu andar. Subiu, subiu e parou. A porta não abriu! "Qual andar estou?". Não era seu andar. Droga! Apertou a emergência e ficou esperando. Continuou esperando. Apertou denovo. O tempo passando. Ouvia vozes do outro lado da porta, mas nada do elevador abrir. Merda, merda, merda!
Meia hora depois, conseguiu sair. Esbravejava. Subiu os últimos cinco andares de escada amaldiçoando a vida. Sentou-se na cadeira e pôs-se a meditar. "Quero esquecer isso. Vai passar. Preciso pensar coisas boas". Respirou algumas vezes e abriu a internet.
Os colegas chegaram felizes, alimentados, rindo alto. O recepcionista não resistiu e comentou confidente: "aquela amiga de vocês ficou presa no elevador, coitada. Meia hora! A gente não estava conseguindo tira-la de lá." Coitada.
Pegaram o elevador um pouco apreensivos, apesar de não admitir. Ele subiu rápido, certeiro. E quando viram Elisa ali sentada, dispararam: "Que coisa essa que te aconteceu!". "O que?" tentou disfarçar. "Ficar presa no elevador". "Quem te contou?" perguntou ríspida e já alterada. Meditar não funcionou.
Tirou o telefone do gancho bufando e ligou para a recepção. Deu uma bronca no recepcionista!?!

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