sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
PRIMEIRO DIA
Não é a minha casa oficial. Não é um casamento oficial.
Mas senti uma alegria incontrolável. Todo o nervosismo e ansiedade sumiram. Porque hoje foi o primeiro dia na minha "vida de casada".
Tão subjetivo. Uma sensação.
Boa.
Meu apê de solteira não está mais habitável, caixas para todos os lados, tudo que construí nesse ano morando só está totalmente desmontado. Faltam ainda alguns detalhes, claro. E também a mudança em si. Mas ontem, exausta de tanto encaixotar, parei e olhei para a minha história fechada em caixas de papelão. Pedaços de mim que vão co-existir com pedaços dele. Sorri.
Pela primeira vez temos um grande plano em comum: montar nossa casa. Vamos escolher cores, luzes, imagens, criar ambientes, um lugar novo, nosso. O primeiro grande desafio dessa mudança passou. Ainda faltam vários. E vamos comemorar cada etapa.
ps. essa imagem teve repeteco. Acho que tem motivo para estar no meu desktop...
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
COINCIDÊNCIA?
O carro começou a esquentar sem nenhum motivo aparente. Na subida antes do supermercado que eu ia comprar a fita adesiva e pegar umas caixas para a mudança. Não tinham mais caixas e nem fita para vender. Não pude ir a outro supermercado, não quis arriscar.
Amanheceu e decidi mandar o carro para o mecânico de uma vez. Liguei para o guincho, para a minha carona e fiquei torcendo para o tempo fluir. O guincho chegou antes. Fizemos toda a listagem de como estava o carro e qual o problema. Endereço do mecânico, nome da oficina, tudo ok. Faltava apenas o carro subir no caminhão, meu amigo apareceu. Enquanto ele manobrava desceu da portaria do meu prédio um sujeito com cara de "eu quero ser roqueiro para disfarçar que sou atrapalhado" e veio na minha direção.
– Quebrou?
– Não, esquentou. Mas estou levando para o mecânico.
– Não leva, não leva. Deixa eu ver.
A sorte estava do meu lado, nem precisei inventar nada.
– Olha, o guincho tá aqui, a minha carona já chegou. Obrigada.
– Você sabia que coincidências não existem?
E deu uma piscadela nojenta. Então completou:
– Meu nome é Tchelo.
E saiu andando.
Despedi do moço do guincho, entrei no carro e suspirei. Ainda bem que coincidência não existe e vou me mudar. Aquele tosco eu não vejo nunca mais! Ufa.
Amanheceu e decidi mandar o carro para o mecânico de uma vez. Liguei para o guincho, para a minha carona e fiquei torcendo para o tempo fluir. O guincho chegou antes. Fizemos toda a listagem de como estava o carro e qual o problema. Endereço do mecânico, nome da oficina, tudo ok. Faltava apenas o carro subir no caminhão, meu amigo apareceu. Enquanto ele manobrava desceu da portaria do meu prédio um sujeito com cara de "eu quero ser roqueiro para disfarçar que sou atrapalhado" e veio na minha direção.
– Quebrou?
– Não, esquentou. Mas estou levando para o mecânico.
– Não leva, não leva. Deixa eu ver.
A sorte estava do meu lado, nem precisei inventar nada.
– Olha, o guincho tá aqui, a minha carona já chegou. Obrigada.
– Você sabia que coincidências não existem?
E deu uma piscadela nojenta. Então completou:
– Meu nome é Tchelo.
E saiu andando.
Despedi do moço do guincho, entrei no carro e suspirei. Ainda bem que coincidência não existe e vou me mudar. Aquele tosco eu não vejo nunca mais! Ufa.
TOY PARA MONTAR
Existem dezenas de toys de papel gratuitos para download na net.
Esse é um deles. Se quiser personalizar o seu, clique aqui.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
sábado, 23 de fevereiro de 2008
MANUAL DE INSTRUÇÕES P. SAIR DE CASA
Vou passar apenas a introdução para vocês. Afinal, uma mudança dá trabalho pra chuchu.
Vão ser necessários: tempo, paciência, pano, álcool, caixa vazias de papelão, fitas adesivas, jornal, plástico bolha, sacolas plásticas limpas e senso prático para descartar as inutilidades (além de vários sacos de lixo).
Jogue fora tudo aquilo que você nem olhou mais nas últimas 2 mudanças ou 3 anos.
As caixas devem ser de tamanhos variados e sempre muito bem fechadas com fita adesiva de fora-a-fora. É fácil consegui-las, vá a um supermercado e peça para separarem para você. Comece a encaixotar por cômodos, apenas misturando conteúdos para equilibrar o peso das caixas. Por exemplo, é inútil pensar que os livros são as coisas mais fáceis de embalar. São muito pesados para ficarem juntos, precisam de caixas bem pequenas ou alternar com trevesseiros, roupas, toalhas, coisas volumosas e leves (mas sempre devidamente embaladas! Senão você vai ter que lavar sua casa inteira).
As caixas devem ser totalmente ocupadas, senão amassam e fica impossível empilha-las e você pode acabar perdendo. Se sobrar alguns pequenos espaços, preencha com jornal amassado.
Para não ficar louco na hora de desempacotar, pense em uma palavra de referência e escreva na parte superior e nas laterais das caixas. Escreva frágil apenas no que de fato é.
Telas devem ser armazenadas juntas, com plástico bolha. Prateleiras devem ser desmontadas e os respectivos parafusos, porcas e buchas, empacotadas e grudadas nos seus respectivos lugares. Facilita na hora de montar novamente.
Vidros embalados com plástico bolha e jornal. Não economize na proteção. Encontrar algo quebrado após a mudança é frustrante demais.
Bom, é isso. Ponha a música alta e trabalhe. Deixe a cozinha e o banheiro por último. Você vai usá-los durante o processo. Separe roupas para uma semana numa mala. Baseie-se num kit de sobrevivência para acampamento.
Não desanime. É impossível não ficar exausto! Descanse um pouco se tiver tempo. Tome um banho, saia para comer, chame um amigo para bater papo enquanto você trabalha, tudo vale para deixar esses momentos menos cansativos. E não se iluda: você vai precisar de 3 a 4 dias para finalizar.
Depois é só chamar o carreto e mudar para ser mais feliz que na casa anterior.
Vão ser necessários: tempo, paciência, pano, álcool, caixa vazias de papelão, fitas adesivas, jornal, plástico bolha, sacolas plásticas limpas e senso prático para descartar as inutilidades (além de vários sacos de lixo).
Jogue fora tudo aquilo que você nem olhou mais nas últimas 2 mudanças ou 3 anos.
As caixas devem ser de tamanhos variados e sempre muito bem fechadas com fita adesiva de fora-a-fora. É fácil consegui-las, vá a um supermercado e peça para separarem para você. Comece a encaixotar por cômodos, apenas misturando conteúdos para equilibrar o peso das caixas. Por exemplo, é inútil pensar que os livros são as coisas mais fáceis de embalar. São muito pesados para ficarem juntos, precisam de caixas bem pequenas ou alternar com trevesseiros, roupas, toalhas, coisas volumosas e leves (mas sempre devidamente embaladas! Senão você vai ter que lavar sua casa inteira).
As caixas devem ser totalmente ocupadas, senão amassam e fica impossível empilha-las e você pode acabar perdendo. Se sobrar alguns pequenos espaços, preencha com jornal amassado.
Para não ficar louco na hora de desempacotar, pense em uma palavra de referência e escreva na parte superior e nas laterais das caixas. Escreva frágil apenas no que de fato é.
Telas devem ser armazenadas juntas, com plástico bolha. Prateleiras devem ser desmontadas e os respectivos parafusos, porcas e buchas, empacotadas e grudadas nos seus respectivos lugares. Facilita na hora de montar novamente.
Vidros embalados com plástico bolha e jornal. Não economize na proteção. Encontrar algo quebrado após a mudança é frustrante demais.
Bom, é isso. Ponha a música alta e trabalhe. Deixe a cozinha e o banheiro por último. Você vai usá-los durante o processo. Separe roupas para uma semana numa mala. Baseie-se num kit de sobrevivência para acampamento.
Não desanime. É impossível não ficar exausto! Descanse um pouco se tiver tempo. Tome um banho, saia para comer, chame um amigo para bater papo enquanto você trabalha, tudo vale para deixar esses momentos menos cansativos. E não se iluda: você vai precisar de 3 a 4 dias para finalizar.
Depois é só chamar o carreto e mudar para ser mais feliz que na casa anterior.
NOVO LAYOUT
Para variar e não cansar seu olhos bem abertos.
Mas não estou muito convencida... acho que vou acabar voltando para o velho...
Mas não estou muito convencida... acho que vou acabar voltando para o velho...
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
A SAGA DA MATADORA DE PULGAS
Antes de tudo é preciso pegar o aspirador limpo. Saco vazio.
Vista uma roupa simples, calça de moletom surrada, mas sem furos, para dentro das meias brancas (para vc ver quando elas pularem e deixarem suas meias negras como a noite) e chinelo. Saco plástico no bolso, e um inseticida caseiro também. Entre no pulgueiro, feche a porta, ligue o aspirador e comece do primeiro centímetro quadrado ao último. Nada pode passar, nem pulando. Aspira, aspira!
No meio tempo, é claro, já começou a coçar, mas abstraia e faça o serviço direitinho, sem pressa. Terminou, pegue o saco plástico que está no seu bolso e jogue o saco do aspirador inteiro dentro dele. Jogue bastante inseticida caseiro e feche hermeticamente o plástico. Pegue essa bomba e leve para um lixo longíquo. Transfira o problema para um vizinho desconhecido. Pronto. Agora vá a pé para casa (nada de infestar o carro de pulgas). Ao chegar dirija-se para a área de serviço e tire a roupa toda no ato!!!!! Meias, calcinha, tudo incluso e coloque na máquina. Ligue imediatamente, entre no banho e pronto! Primeiro etapa cumprida.
Na manhã seguinte a companhia dedetizadora irá entrar no pulgueiro e pulverizar inseticida em todos os cantos da casa, em cada fresta dos tacos da sala e dos quartos.
No dia seguinte, abra todas as janelas e comece a reforma. Pinte o que precisa ser pintado. Tire os armários que devem ser removidos. Subtitua eventuais vidros rachados. Colora toda a casa. E importante, não limpe a casa. No máximo com um paninho.
Doze dias depois, etapa final. Nova leva de dedetização pela casa. As pequenas larvas irão agonizar, mortas nos primeiros momentos de suas vidas. Aí, bem, marque a mudança. E agora sim você pode mudar para sua nova casa e ser feliz. Viu como tem solução?
PRAGA
UM VERDADEIRO PULGUEIRO
Não, ainda não mudei.
Não, as pulgas não morreram assassinadas, agonizando no chão da minha futura casa! Não, não, o veneno em cada canto da casa não foi capaz de desmanchar os ovos, diluir as larvas, destruir as adultas. Nada disso aconteceu.
Catástrofe.
A solução existe. Já sei qual é. Mas esse é um post apocalíptico.
Não, as pulgas não morreram assassinadas, agonizando no chão da minha futura casa! Não, não, o veneno em cada canto da casa não foi capaz de desmanchar os ovos, diluir as larvas, destruir as adultas. Nada disso aconteceu.
Catástrofe.
A solução existe. Já sei qual é. Mas esse é um post apocalíptico.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
NADA MUDOU
PARA SE PENSAR
Quero dizer que sou a favor da preservação do planeta. E contra a histeria e o mau jornalismo que existe às pencas por aí.
Para não acharem que estou radical achando que vamos acabar fervidos com o chamado "aquecimento global", leiam esse link, muito bem escrito num blog vizinho.
Para não acharem que estou radical achando que vamos acabar fervidos com o chamado "aquecimento global", leiam esse link, muito bem escrito num blog vizinho.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
RÉPLICA DO ARNALDO ANTUNES
Saiu ontem na Folha de S. Paulo.
Quem tiver com bastante paciência, leia.
É grande, mas é bom.
"RÉPLICA
Uma piada de mau gosto
Em resposta a texto do colunista Nelson Ascher, o músico Arnaldo Antunes destaca a urgência da questão ambiental
ARNALDO ANTUNES
ESPECIAL PARA A FOLHA
É de derrubar o queixo o artigo de Nelson Ascher de 4 de fevereiro, nesta Ilustrada, em que declara que "o lobby mais poderoso e articulado é, sem dúvida, o dos verdes ou ecologistas", que estaria impondo ao mundo inúmeras restrições, baseado em "males imaginários".
Tendo em conta as enormes dificuldades para conseguir reduzir minimamente os efeitos de uma situação planetária que vem se revelando muito mais alarmante do que até então todos supúnhamos, tal afirmação do colunista parece uma piada de mau gosto.
A urgência em se tratar da questão ambiental vem sendo comprovada por inúmeras pesquisas científicas e evidências incontestáveis, a despeito das já reportadas pressões que o governo americano vem exercendo sobre seus cientistas para atenuarem, retardarem, alterarem ou excluírem suas conclusões sobre o meio ambiente dos relatórios oficiais.
Nelson Ascher repete aqui a ladainha do "não é bem assim", que vem sendo usada com freqüência pelos representantes dos interesses das indústrias poluentes para tapar o sol com a peneira e não alterar suas condutas em relação ao meio ambiente. Faz isso desde o título de seu texto ("Quente ou frio?"), pondo em dúvida, não só o aquecimento global, como também a responsabilidade humana sobre ele.
É claro que medidas ecológicas implicam diretamente reduções drásticas nos lucros imediatos de determinados grupos empresariais, diante dos quais as reivindicações dos ambientalistas (como reduções nas emissões de CO2, tratamento adequado do lixo, descontaminação das águas, restrição ao desmatamento das florestas) ainda engatinham, contra muita resistência e pouca consciência.
Metáforas medonhas
Ao mesmo tempo, não é de espantar a postura de Nelson Ascher, para quem já vem acompanhando, em doses semanais, sua campanha a favor da desastrosa política externa da administração Bush e de seus métodos para combater o terrorismo internacional.
Nos primeiros momentos da invasão norte-americana no Iraque, Ascher comemorou com entusiasmo a suposta vitória (com metáforas medonhas como as de bombas caindo como pizzas "delivery"), sem perceber o quanto não se tratava de um termo, e sim do início de um conflito armado que se estende até hoje, sem uma solução à vista.
Dessa visada, seu artigo parece fazer sentido, pois serve bem ao que almeja a nova ordem americana (marcada pela intolerância nas relações exteriores, assim como pela recusa em aceitar as restrições internacionais para controle do aquecimento global), contra o que já chamou, em outros artigos, de "velha Europa".
Ainda, para Nelson Ascher, os defensores do meio ambiente seriam responsáveis por uma série de "proibições" que, "poucas décadas atrás, teriam parecido ridículas": "baniram os bifes", "eliminaram os transgênicos", "proscreveram os vôos internacionais", "tornaram proibitivo o uso de automóveis", "plastificaram as genitálias alheias para limitar a produção de bebês", "criminalizaram a obesidade, o fumo etc.".
Um mínimo de sensatez basta para duvidar da maioria dessas colocações. O culto à forma física e a proibição ao fumo têm origem mais ligada a questões de saúde pública e conservadorismo moral do que à defesa do meio ambiente.
Por sua vez, o uso de preservativos -apesar de atualmente ter mais relação direta com a ameaça da Aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis do que com causas ecológicas, como o controle de natalidade- apresenta uma alternativa libertária e necessária, contra a qual o puritanismo das forças neoconservadoras (as mesmas que tentam substituir Darwin por Adão e Eva no ensino primário) investe com a defesa das relações monogâmicas e do sexo apenas com fins de procriação. Quanto às outras restrições, parecem ilusórias ante a constatação da realidade cotidiana.
As ofertas para consumo de carne aumentaram em quantidade e variedade nas últimas décadas, e não parece preciso lembrar aqui que parte da floresta amazônica vem sendo devastada para se tornar pasto. Os preços das passagens para vôos internacionais caíram consideravelmente. As facilidades de compra parcelada de automóveis também aumentaram, ao ponto de o número de veículos nas ruas levar a uma situação indomável, da qual nenhuma espécie de rodízio parece dar conta.
Enfim, por mais que nos queira fazer crer no contrário o colunista, o fato é que venceu a cultura do excesso, do desperdício e da irresponsabilidade em relação a um futuro que não seja imediato.
É por isso que, a cada dia mais, temos que conviver com insanidades como, para ficar em pequenos exemplos, guardanapos de papel embrulhados um a um em embalagens plásticas, canudos de plástico revestidos um a um em embalagens de papel, sachês de material plástico embalando pequenas porções de mostarda, ketchup, azeite, maionese etc., que, numa estúpida assepsia (que há poucas décadas, sim, pareceria ridícula), vêm, gota a gota, degradando o planeta.
Era Bush
E, é claro, esse estado de coisas combina bem com a conjunção de intransigências que marca a era Bush, apoiada principalmente pelos lobbies das indústrias petrolífera e armamentista, não só imensamente mais poderosas do que as que lutam pela preservação do meio ambiente, como também com interesses antagônicos a elas.
Muito mais graves do que as "proibições" atribuídas por Ascher aos ecologistas são as restrições à liberdade individual levadas a cabo pelo governo americano em sua campanha antiterrorista -correspondências violadas, prisões sem mandados ou advogados, perseguições a pessoas que se oponham à guerra, cerceamento de manifestações de rua, restrições crescentes para concessões de vistos a imigrantes.
Mas o que é mais inaceitável é a afirmação de que "a preocupação exacerbada com o clima e o meio ambiente, coisas cujo funcionamento se conhece pouco e mal, já resultaria em problemas imediatos, pois, para a parcela miserável da humanidade, dificulta cada vez mais a superação de seu estado", ante a evidência de que os mais desfavorecidos economicamente são também os que mais sofrem as conseqüências das contaminações tóxicas e dos desvios naturais decorrentes delas.
Além disso, Ascher ignora os inúmeros projetos de inclusão social relacionados à coleta seletiva de lixo e reciclagem, por exemplo, entre outras iniciativas ecológicas.
Quanto ao Protocolo de Kyoto (que os EUA não assinaram, apesar de serem os maiores contaminantes), cujas metas parecem hoje insuficientes diante dos mais recentes relatórios sobre a situação ambiental, o articulista afirma "sabermos que era praticamente inútil, que as nações mais vocalmente empenhadas em seu sucesso têm sido as que mais longe ficaram das metas propostas", como se uma lei devesse deixar de existir apenas pelo fato dela não estar sendo devidamente cumprida.
Há pessoas que defendem esse estado de coisas dizendo: "poderia ser pior", como no caso da ordem mundial ser tomada pelo fundamentalismo islâmico, em que todos os considerados "infiéis" poderiam sofrer violência desmedida.
Eu acho que deveríamos pensar: "poderia ser melhor", se os Estados Unidos e os países que os seguem assumissem seus compromissos com o controle de abusos ambientais; se houvesse maior liberdade de trânsito entre as fronteiras; se a intolerância desse lugar ao diálogo; se todos pensassem não só nos seus filhos e netos, mas também nos tataranetos dos seus tataranetos.
ARNALDO ANTUNES é poeta, compositor e cantor"
Quem tiver com bastante paciência, leia.
É grande, mas é bom.
"RÉPLICA
Uma piada de mau gosto
Em resposta a texto do colunista Nelson Ascher, o músico Arnaldo Antunes destaca a urgência da questão ambiental
ARNALDO ANTUNES
ESPECIAL PARA A FOLHA
É de derrubar o queixo o artigo de Nelson Ascher de 4 de fevereiro, nesta Ilustrada, em que declara que "o lobby mais poderoso e articulado é, sem dúvida, o dos verdes ou ecologistas", que estaria impondo ao mundo inúmeras restrições, baseado em "males imaginários".
Tendo em conta as enormes dificuldades para conseguir reduzir minimamente os efeitos de uma situação planetária que vem se revelando muito mais alarmante do que até então todos supúnhamos, tal afirmação do colunista parece uma piada de mau gosto.
A urgência em se tratar da questão ambiental vem sendo comprovada por inúmeras pesquisas científicas e evidências incontestáveis, a despeito das já reportadas pressões que o governo americano vem exercendo sobre seus cientistas para atenuarem, retardarem, alterarem ou excluírem suas conclusões sobre o meio ambiente dos relatórios oficiais.
Nelson Ascher repete aqui a ladainha do "não é bem assim", que vem sendo usada com freqüência pelos representantes dos interesses das indústrias poluentes para tapar o sol com a peneira e não alterar suas condutas em relação ao meio ambiente. Faz isso desde o título de seu texto ("Quente ou frio?"), pondo em dúvida, não só o aquecimento global, como também a responsabilidade humana sobre ele.
É claro que medidas ecológicas implicam diretamente reduções drásticas nos lucros imediatos de determinados grupos empresariais, diante dos quais as reivindicações dos ambientalistas (como reduções nas emissões de CO2, tratamento adequado do lixo, descontaminação das águas, restrição ao desmatamento das florestas) ainda engatinham, contra muita resistência e pouca consciência.
Metáforas medonhas
Ao mesmo tempo, não é de espantar a postura de Nelson Ascher, para quem já vem acompanhando, em doses semanais, sua campanha a favor da desastrosa política externa da administração Bush e de seus métodos para combater o terrorismo internacional.
Nos primeiros momentos da invasão norte-americana no Iraque, Ascher comemorou com entusiasmo a suposta vitória (com metáforas medonhas como as de bombas caindo como pizzas "delivery"), sem perceber o quanto não se tratava de um termo, e sim do início de um conflito armado que se estende até hoje, sem uma solução à vista.
Dessa visada, seu artigo parece fazer sentido, pois serve bem ao que almeja a nova ordem americana (marcada pela intolerância nas relações exteriores, assim como pela recusa em aceitar as restrições internacionais para controle do aquecimento global), contra o que já chamou, em outros artigos, de "velha Europa".
Ainda, para Nelson Ascher, os defensores do meio ambiente seriam responsáveis por uma série de "proibições" que, "poucas décadas atrás, teriam parecido ridículas": "baniram os bifes", "eliminaram os transgênicos", "proscreveram os vôos internacionais", "tornaram proibitivo o uso de automóveis", "plastificaram as genitálias alheias para limitar a produção de bebês", "criminalizaram a obesidade, o fumo etc.".
Um mínimo de sensatez basta para duvidar da maioria dessas colocações. O culto à forma física e a proibição ao fumo têm origem mais ligada a questões de saúde pública e conservadorismo moral do que à defesa do meio ambiente.
Por sua vez, o uso de preservativos -apesar de atualmente ter mais relação direta com a ameaça da Aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis do que com causas ecológicas, como o controle de natalidade- apresenta uma alternativa libertária e necessária, contra a qual o puritanismo das forças neoconservadoras (as mesmas que tentam substituir Darwin por Adão e Eva no ensino primário) investe com a defesa das relações monogâmicas e do sexo apenas com fins de procriação. Quanto às outras restrições, parecem ilusórias ante a constatação da realidade cotidiana.
As ofertas para consumo de carne aumentaram em quantidade e variedade nas últimas décadas, e não parece preciso lembrar aqui que parte da floresta amazônica vem sendo devastada para se tornar pasto. Os preços das passagens para vôos internacionais caíram consideravelmente. As facilidades de compra parcelada de automóveis também aumentaram, ao ponto de o número de veículos nas ruas levar a uma situação indomável, da qual nenhuma espécie de rodízio parece dar conta.
Enfim, por mais que nos queira fazer crer no contrário o colunista, o fato é que venceu a cultura do excesso, do desperdício e da irresponsabilidade em relação a um futuro que não seja imediato.
É por isso que, a cada dia mais, temos que conviver com insanidades como, para ficar em pequenos exemplos, guardanapos de papel embrulhados um a um em embalagens plásticas, canudos de plástico revestidos um a um em embalagens de papel, sachês de material plástico embalando pequenas porções de mostarda, ketchup, azeite, maionese etc., que, numa estúpida assepsia (que há poucas décadas, sim, pareceria ridícula), vêm, gota a gota, degradando o planeta.
Era Bush
E, é claro, esse estado de coisas combina bem com a conjunção de intransigências que marca a era Bush, apoiada principalmente pelos lobbies das indústrias petrolífera e armamentista, não só imensamente mais poderosas do que as que lutam pela preservação do meio ambiente, como também com interesses antagônicos a elas.
Muito mais graves do que as "proibições" atribuídas por Ascher aos ecologistas são as restrições à liberdade individual levadas a cabo pelo governo americano em sua campanha antiterrorista -correspondências violadas, prisões sem mandados ou advogados, perseguições a pessoas que se oponham à guerra, cerceamento de manifestações de rua, restrições crescentes para concessões de vistos a imigrantes.
Mas o que é mais inaceitável é a afirmação de que "a preocupação exacerbada com o clima e o meio ambiente, coisas cujo funcionamento se conhece pouco e mal, já resultaria em problemas imediatos, pois, para a parcela miserável da humanidade, dificulta cada vez mais a superação de seu estado", ante a evidência de que os mais desfavorecidos economicamente são também os que mais sofrem as conseqüências das contaminações tóxicas e dos desvios naturais decorrentes delas.
Além disso, Ascher ignora os inúmeros projetos de inclusão social relacionados à coleta seletiva de lixo e reciclagem, por exemplo, entre outras iniciativas ecológicas.
Quanto ao Protocolo de Kyoto (que os EUA não assinaram, apesar de serem os maiores contaminantes), cujas metas parecem hoje insuficientes diante dos mais recentes relatórios sobre a situação ambiental, o articulista afirma "sabermos que era praticamente inútil, que as nações mais vocalmente empenhadas em seu sucesso têm sido as que mais longe ficaram das metas propostas", como se uma lei devesse deixar de existir apenas pelo fato dela não estar sendo devidamente cumprida.
Há pessoas que defendem esse estado de coisas dizendo: "poderia ser pior", como no caso da ordem mundial ser tomada pelo fundamentalismo islâmico, em que todos os considerados "infiéis" poderiam sofrer violência desmedida.
Eu acho que deveríamos pensar: "poderia ser melhor", se os Estados Unidos e os países que os seguem assumissem seus compromissos com o controle de abusos ambientais; se houvesse maior liberdade de trânsito entre as fronteiras; se a intolerância desse lugar ao diálogo; se todos pensassem não só nos seus filhos e netos, mas também nos tataranetos dos seus tataranetos.
ARNALDO ANTUNES é poeta, compositor e cantor"
domingo, 17 de fevereiro de 2008
TROPA DE ELITE (MINHA OPINIÃO)
Infelizmente nos três caminhos que as discussões tomaram, nenhum se aproximou do que penso. Portanto condivido (com quem?!) uma quarta opinião.
Eu acredito que o filme é um alerta para a população (e governantes) sobre a violência gerada pelo narcotráfico. É uma denúncia sobre a corrupção vergonhosa da polícia e das instituições brasileiras. É chocante porque mostra o movimento cíclico da violência que têm que ser quebrado. É um retrato claro que precisamos repensar a legalização da maconha no país.
Além das discussões sociais o filme é também um marco no cinema brasileiro. É realista e corajoso. Cria uma história envolvente, que nos prende, sem apelar para a estrutura mocinho versus bandido norte-americana que nos lava o cerébro desde a guerra fria. Têm atores, diretor, fotógrafo, câmeras, preparadores de elenco, roteiristas, montadores, etc, de primeira qualidade.
É um filme genuínamente brasileiro. Com o roteiro que discute a realidade que vivemos. E por isso foi um sucesso. Isso sem entrar no tópico pirataria. Mas por hoje é só. Será que alguém conseguiu me entender?
(Lembre-se que a ordem dos posts é de baixo para cima. Tem mais dois sobre o assunto)
TROPA DE ELITE (AS REAÇÕES)
As reações ao filme têm sido apenas 3.
1- A do grande público, acostumado a produções americanas que desde os anos 80 dividem os roteiro entre mocinhos e bandidos, que tende a se simpatizar pelo Bope e negar a polícia militar, com a qual tem contato direto. A corrupção que o público vê na cara e repudia. Já a tortura do Bope é focada em ações específicas que os espectadores não vivem. Diante da violência diária, simplesmente não percebem que o uso da violência no combate à mesma não é o melhor caminho. São simplistas. São contra a ação da polícia e por isso pró-Bope.
2- Os consumidores de drogas sentem novamente a responsabilidade pela violência gerada pelo narcotráfico. Assim como Cidade de Deus mostrou essa mesma situação há anos atrás. Só que o sentimento de culpa não gera mudança. Me pergunto se as drogas fossem legalizadas, a responsabilidade estaria na mão do consumidor? Claro que não. E porquê não são legalizadas?? Porquê gera dinheiro para o colarinho branco. O Estado poderia investir o dinheiro contribuído nos impostos do comércio das drogas para fornecer educação, saúde, dignidade e clareza para a população, consumidora ou comerciante. Negar uma necessidade histórica do homem gera violência, tráfico, contrabando e essa bandidagem que estamos todos cansados de ver.
3- A das pessoas sensíveis o suficiente para se chocarem com a tortura no Tropa de Elite. Mas, ao invés de analisar o papel do filme como denúncia, decidiram colar um rótulo dizendo que o filme é pró-Bope e pró-tortura. Pessoas capazes de se chocar, mas incapazes de perceber que o filme não tem mocinho e bandido, mas o cotidiano do Rio de Janeiro. Denunciar numa história bem contada, bem produzida não é compactuar com a violência. É preciso pensar mais 10 minutos. Um pouco mais de análise. O assunto existe e deve ser debatido. Não a qualidade indiscutível do filme.
TROPA DE ELITE (ABERTURA DA DISCUSSÃO)
Eu gostaria de manifestar minha opinião sobre esse filme. É importante. Afinal continuo escutando opiniões que discordo e tantas vezes não pude me expor. Pois digo aqui, meu espaço por excelência. Vou separar em três partes. Ninguém tem paciência para ler um texto enorme, né?
Tropa de Elite mereceu sim levar o Urso de Ouro no festival de Berlim.
Como eu posso ser a favor desse filme tão controverso? É simples. Eu explico.
O cinema é uma arte. E como tal tem como um dos seus papéis denunciar e não apenas de "dar exemplos". O recorte da realidade da polícia e do Bope carioca – e também no resto do Brasil – não defende e muito menos justifica a violência e tortura. Denuncia a realidade em que vivemos agora. Mostra que uma reforma no sistema é urgente.
sábado, 16 de fevereiro de 2008
PRAGAS
Descobrir que meu jasmim estava infestado de pulgões. Limpei uma a uma de suas folhas. O tempo passou quieto. A planta ficou feliz! Saí então para comprar alimentos, mas antes, claro, uma passadinha na minha futura casa.
Avistei o porteiro na calçada, desci na versão descolada de mim. Perguntei se trabalhava lá e disse que iria me mudar para o apartamento que está alugando. Ele disse que eu podia ver sim, mas que não era indicado. Porquê o apartamente está infestado de pulgas! Acredita? Disse que passaram um veneno lá, mas não surtiu efeito. Cabeça-dura, quis conferir. Vi como é o banheiro, vi como é a cozinha, os quartos, o que precisa consertar, o que não precisa. Tudo com uma calma que não tive quando o encontrei. Até que vi uma pulga preta e gorda na minha perna. Fugi. Devolvi as chaves. E pronto, a cada segundo uma nova coçada. Matei mais 5!
Talvez tivesse que ficar aqui para lembrar que é preciso dedetizar a casa. E sim, é possível se livrar das pragas e ser feliz, disse meu jasmim.
SUSSURROS
Ainda não sei como, nem porquê. Deveria estar em Belo Horizonte hoje. Mas não fui. Não consegui. Algo me segurou aqui. O que será?
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
MENSAGENS SUBLIMINARES
O teste psicológico de olhar para um borrão e cada um enxergar uma coisa acontece todos os dias. Veja o logo novo da Vale! Cada um xingava e dizia uma versão. A que mais escutei foi a da semelhança com o coador de café de papel.
Bem, estamos trabalhando num projeto aqui. Estudamos o logo, uma bela idéia surgiu. Executamos. Todos estávamos contentes, prontos para enviar o boneco para a gráfica.
Eis que fomos convocados para uma reunião extraordinária. Viram um símbolo fálico murcho. Eu não vi. Nem a Clara. Aliás, nenhuma mulher foi capaz de enxergar a semelhança. Já os homens, por alguma razão, viram. Todos. Difícil é salvar o desenho de um símbolo subliminar que não vemos. A função, passei para um homem, claro.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
UMA SEMANA LONGE
Ficar a semana sem o namorado só não é mais difícil que o fim de semana. Ê saudade...
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
PASSO A PASSO
Ontem assisti à entrevista de Amit Goswami no Roda Viva. Adorei. Esse não é o melhor trecho, mas foi o que encontrei disponível no You Tube. Amit me recordou coisas que não gosto de esquecer, mas que os problemas diários acabam por me distrair. A única coisa que me importa no mundo é me sentir inteira. Quando vivo num estado de consciência do inconsciente. Quando sei que os problemas menores são detalhes. Basta estar com a mente quieta, a coluna ereta, o coração tranquilo e cuidar dos que amamos. Quando estamos ligados a nós mesmos, estamos ligados a todos. E assim a vida flui sem dor, sem angústia, sem sofrimento. Apenas paz e muito amor vem e vão.
INCOMPREENDIDOS
CONSCIÊNCIA COLETIVA
Sábado de sol. Paulistanos sentados num boteco da Vila Madalena, tira-gosto e cerveja. Um carro parado no sinal, dentro três homens conversam. Um termina a cerveja e joga a garrafa pela janela!
Burburinho e indignação no bar. As pessoas se remexem na cadeira, incomodadas. Na calçada passa uma senhora, ela pega a garrafa, devolve ao homem do carro e solta: "Acho que o senhor deixou cair isso".
Alívio. O mundo está mudando, para melhor.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
CONFISSÃO
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
MOMENTOS ANTES DA MUDANÇA
Os instantes que ficamos mais ansiosos e nervosos são sempre aqueles que antecedem as mudanças. Quando sabemos que vão ocorrer mas ainda não começaram. Quando estamos quase de férias, quando ainda não assinamos os contratos, quando faltam dois dias para a viagem, quando o trabalho vai mudar de lugar, quando ainda não começamos a reforma, quando as datas não estão definidas...
Mas eu não era assim. O prazo não incomodava tanto. Talvez porque sentia que ainda tinha a vida inteira pela frente. Ou mais provável: eu não vivia isso todo dia.
ACABA COM OS GERMES
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
ACHEI!
FRASES ODIOSAS 2
"Você comeu feijoada e agora vai pedir Coca Light?"
PeloAmorDeDeus, existe frase-feita mais tosca e pentelha que essa?
O que tem a ver o tanto que você comeu com o que você quer beber? E se você quer economizar 10 cal., ok, não vai tirar as outras 1000 cal., mas 10 valem 10, e pronto.
Por favor, pense um pouquinho, para quer jogar a m* no ventilador se dá para ir ao toilette?
PeloAmorDeDeus, existe frase-feita mais tosca e pentelha que essa?
O que tem a ver o tanto que você comeu com o que você quer beber? E se você quer economizar 10 cal., ok, não vai tirar as outras 1000 cal., mas 10 valem 10, e pronto.
Por favor, pense um pouquinho, para quer jogar a m* no ventilador se dá para ir ao toilette?
FRASES ODIOSAS 1
Frases-feitas têm 90% de chance de serem um resumo ridículo, banal e equivocado da realidade.
Eis algumas frases que soltamos por aí e são absolutamente descartáveis:
"Se vier esse frio que você está esperando, vamos todos congelar"
Eu posso estar com frio, dá licença?
Eis algumas frases que soltamos por aí e são absolutamente descartáveis:
"Se vier esse frio que você está esperando, vamos todos congelar"
Eu posso estar com frio, dá licença?
domingo, 3 de fevereiro de 2008
MOMENTO NOSTALGIA
Três amigas, recém-formadas, sem ter a menor-idéia-do-que-fazer-agora, decididas a apenas tirar férias. Éramos nós. E berrávamos essa música no celtinha prata.
Ps. Não sei se é o Wyclef o trouxa que não libera o dele cantando bonitinho para nós... vai sem nada escrito.
EU TE AMO
A música chama-se Eu te amo. Mas seria mais correto seria nomeá-la assim: Nós que nos amávamos tanto.
VIDA BOA
O que entendi dessa música? Que não é porque tivemos momentos péssimos na vida que ela será sempre assim. A vida não está pronta para te dar o golpe o tempo todo. A vida é boa sim e não precisa ter medo. Viva... feliz, com calma, a cada dia.
QUE SEGREDOS VOCÊ TEM?
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
TPM – CASO NÚMERO 01
TODO MUNDO TÁ FELIZ, TÁ FELIZ, TODO MUNDO QUER CANTAR...
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